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26/02/2015 NOVIDADES

Nutrição adequada na gestação garante benefícios para a vida toda

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por constantes mudanças metabólicas e fisiológicas. As mudanças fisiológicas, por exemplo, incluem o aumento do volume sanguíneo.

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por constantes mudanças metabólicas e fisiológicas. As mudanças fisiológicas, por exemplo, incluem o aumento do volume sanguíneo, da função cardíaca e renal e a redução do movimento gastrointestinal. Para bem se adaptar a essas mudanças no organismo é preciso atenção redobrada com a alimentação, no período que vai da preconcepção à lactação, lembrando que quadros de desnutrição, sobrepeso ou obesidade necessitam de mais cuidados.

As consequências da má nutrição durante a gestação podem acompanhar o bebê e a mãe por anos, assim como uma alimentação adequada trará benefícios para a vida toda. Quando a criança nasce pequena para a sua idade gestacional, ela pode vir a apresentar doenças crônicas como hipertensão, obesidade, distúrbios de aprendizagem, problemas comportamentais e doenças cardiovasculares. A obesidade, o consumo de bebidas alcoólicas, o estresse oxidativo, a deficiência de determinados nutrientes – como as vitaminas B12, D, A, K, o ácido fólico e alguns minerais como o cobre, ferro e o zinco – também são fatores de risco para a gestação.

Para orientar as gestantes, o Ministério da Saúde criou um Caderno de Atenção ao Pré-natal de Baixo Risco, que indica os procedimentos para o diagnóstico nutricional desde a primeira consulta pré-natal, além de recomendar hábitos alimentares para a mãe. Entre eles: realizar no mínimo cinco refeições ao dia; comer de três em três horas; reduzir líquidos durante as refeições; evitar deitar-se após as refeições; dar preferência ao consumo de cereais integrais; montar um prato colorido; consumir verduras verde-escuras e outros alimentos ricos em ferro e ácido fólico, que são micronutrientes essenciais – principalmente no primeiro trimestre da gravidez, quando o volume sanguíneo da mulher se eleva; consumir mais peixes e frangos e dar preferência às carnes magras; beber pelo menos dois litros de água diariamente; e evitar os refrigerantes e os alimentos industrializados. Os eventuais enjoos, sintomas característicos da fase inicial da gestação, podem ser amenizados com a redução da quantidade de gordura ingerida e pela ingestão de pequenas porções de carboidratos ao longo do dia.

Outro fator importante, que deve ser acompanhado durante a gestação, é o ganho de peso. Logo na primeira consulta pré-natal, a gestante poderá prever seu peso ao longo da gravidez. Vai começar identificando seu estado nutricional, com o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que é obtido por uma fórmula simples que divide o peso (em kg) pela altura ao quadrado.  Esse índice varia de acordo com a semana de gestação. Na página 75 do Caderno de Atenção ao Pré-natal de Baixo Risco citado, você identifica se a gestante tem estado nutricional de baixo peso; adequado; de sobrepeso; ou de obesidade, de acordo com a idade gestacional.

Mesmo quando a mãe apresenta baixo peso no começo da gravidez, o total de ganho não deve ultrapassar os 18 kg. Em caso de sobrepeso ou obesidade, o ganho deve ser menor, o que requer um controle alimentar para garantir a segurança da mãe e do bebê, como mostra a tabela.

Bons hábitos alimentares na terceira idade

No Brasil, para auxiliar a mulher gestante, estão disponíveis diversos materiais e políticas públicas que englobam desde o pré-natal – passando por toda a gravidez –, até a alimentação dos recém-nascidos. Porém, é importante lembrar que, apesar das diversas recomendações e políticas de saúde existentes, o acompanhamento da gestante deve ser individualizado e, sempre que possível, multiprofissional.

Para incentivar iniciativas de apoio à gestante e enfatizar a importância da alimentação adequada nessa fase da vida, a 28° edição do Prêmio Jovem Cientista dedica uma de suas linhas de pesquisa à nutrição na gravidez. Com o tema “Segurança Alimentar e Nutricional”, o Prêmio destaca não só a relevância da alimentação adequada para todos, mas também o incentivo a novas pesquisas pela segurança alimentar das mães e seus bebês.

Fonte: educacaofisica.com.br/ Matéria publicada pelo site O Globo

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