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02/02/2016 NOVIDADES

Exercícios físicos contribuem para saúde dos neurônios em idosos

O comprometimento de funções cognitivas, como a memória, está à espreita à medida que envelhecemos. Estudos já mostraram que alterações de certas proteínas do sangue estão diretamente associadas à formação, no cérebro, de placas amiloides – depósitos que causam inflamações e prejudicam os neurônios, aumentando em até quatro vezes o risco da doença de Alzheimer.

Projeto do Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro recebeu o Prêmio SAÚDE, uma iniciativa da revista SAÚDE e da Editora Abril que busca valorizar o empenho de quem pensa, luta e trabalha por um Brasil mais saudável.

O projeto vencedor concorreu na categoria Saúde e Atividade Física, que prestigia projetos que vão de estudos em fase clínica a campanhas de prevenção, realizados por cientistas e profissionais de todas as áreas da saúde.

Conheça o projeto vencedor:

‘A influência de marcadores genéticos específicos sobre os efeitos do exercício físico na Inflamação e no neurotrofismo em idosos com comprometimento cognitivo leve’.

Autores: Carla M.C. Nascimento, Jessica Rodrigues Pereira, Larissa Pires de Andrade, Marcia Regina Cominetti, Orestes Vicente Forlenza e Florindo Stella

Instituição: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho – Campus de Rio Claro (SP)

O comprometimento de funções cognitivas, como a memória, está à espreita à medida que envelhecemos. Estudos já mostraram que alterações de certas proteínas do sangue estão diretamente associadas à formação, no cérebro, de placas amiloides – depósitos que causam inflamações e prejudicam os neurônios, aumentando em até quatro vezes o risco da doença de Alzheimer.

Esse fator genético, e associado ao estilo de vida, pode, portanto, fomentar o processo de degeneração dos neurônios. Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista, no câmpus de Rio Claro, prepararam um programa de 16 semanas para medir a capacidade de exercícios físicos de alterar a concentração dessas proteínas inflamatórias na massa cinzenta de idosos.

Eles foram divididos em quatro grupos, de acordo com a presença ou não de comprometimento cognitivo e levando em conta o hábito de praticarem ou não exercício físico. Após os quatro meses, as avaliações mostraram que, independentemente da presença da alteração genética, todos foram beneficiados pelos 180 minutos semanais de atividades, distribuídos em três sessões. Inclusive aqueles que já apresentavam os primeiro sinais de demência tiveram uma melhora significativa das funções. Em outras palavras, é como se o exercício ajudasse a pisar no breque nesse processo de inflamação e degeneração cerebral.

Também foi finalista o seguinte projeto:

Efeito de 10 anos de intervenção de atividade física em Unidades Básicas de Saúde na aptidão física de seus praticantes
Autores: Priscila Missaki Nakamura, Inaian Pignatti Teixeira, Camila Bosquiero Papini, Alberto Chiyoda, Eliete Luciano, Kelly Lynn Cordeira e Eduardo Kokubun
Instituição: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho – Câmpus de Rio Claro (SP)

Não são poucos os estudos demonstrando a importância dos exercícios físicos na prevenção e controle de doenças como diabete, hipertensão e obesidade, o que leva os serviços de saúde a investirem em programas para encorajar a população a se mexer.

Mas qual seria o impacto das práticas para atrasar o declínio natural da força, resistência e agilidade no processo de envelhecimento? Uma equipe da Universidade Estadual Paulista foi buscar a resposta na análise dos resultados de uma década de atuação do Programa de Exercício Físico nas Unidades de Saúde, lançado em 2001 em Rio Claro, interior de São Paulo.

O estudo acompanhou 409 mulheres e 31 homens. Duas vezes por semana, a turma participava de sessões divididas em três partes. Primeiro, 10 minutos de aquecimento. Em seguida, 40 minutos de atividades para melhorar a capacidade aeróbica, fortalecimento muscular, flexibilidade, equilíbrio…

Por fim, mais 10 minutinhos para alongamento. Os profissionais de educação envolvidos no programa se reuniam semanalmente para discutir o desempenho dos participantes para ajustar a duração, carga e intensidade dos exercícios.

A cada quatro meses, os testes para medir os avanços mostraram uma melhora progressiva em funções como coordenação, agilidade e força muscular. Uma prova documentada de que as práticas foram determinantes para driblar as dificuldades impostas pelo envelhecimento na realização das atividades do dia a dia.

Os selecionados foram submetidos a uma votação, sendo julgados pelos seguintes critérios: a) Impacto: de que maneira o Trabalho melhorou a saúde dos brasileiros? Ele fez diferença para determinada comunidade?; b) Educação para a saúde: o Trabalho ensina a população, de alguma maneira, a prevenir ou procurar tratamento adequado para determinado problema de saúde?; c) Originalidade: o Trabalho promoveu avanços na pesquisa científica produzindo resultados inéditos ou usou de maneira inusitada recursos médicos já existentes?; e d) Uso de tecnologia: foi usada alguma nova tecnologia importante para a saúde dos brasileiros?

Os trabalhos foram submetidos à votação popular, entre 25/9 e 16/10.

A divulgação dos contemplados ocorreu em evento de Premiação, no dia 25 de novembro de 2015, a partir das 19h30, no Teatro do Instituto Tomie Ohtake, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, e, posteriormente, em até cinco dias úteis, pelo hotsite www.premiosaude.com.br

Matéria publicada no site Maxpress

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