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31/03/2021 NOVIDADES

Dia da Saúde e Nutrição

Com o surgimento do novo coronavírus, a importância de uma boa imunidade ficou ainda mais evidente.

Conheça os efeitos na imunidade e a contribuição da área no tratamento de pacientes 

Com o surgimento do novo coronavírus, a importância de uma boa imunidade ficou ainda mais evidente. Embora não exista alimento que possa realmente prevenir ou tratar o COVID-19, a nutrição é muito importante para manter a saúde e auxiliar no tratamento de pacientes. Tamanho é o impacto daquilo que comemos e a relação entre saúde e nutrição que Hipócrates, considerado o pai da Medicina, já afirmava: “Que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento”.

Confira abaixo por que a alimentação é importante para a imunidade e conheça o papel desse fator na recuperação de pacientes na UTI, em especial aqueles com o COVID-19.

 

O papel da relação saúde e nutrição na imunidade 

A nutrição tem um papel fundamental tanto na manutenção da saúde, quanto na prevenção e tratamento de determinadas doenças. Pesquisas que relacionam alimentação e imunidade são recentes, datam de meados da década de 70, quando testes imunológicos se tornaram aliados na avaliação e no diagnóstico nutricional.

Nesse sentido, estudos conceituam “imunonutrientes” ou “farmaconutrientes”, como aqueles com capacidade de modular/influenciar a atividade do sistema imunológico ou as consequências da sua ativação.

A professora e nutricionista Arícia Mendes, fala sobre a importância de destacar que , muitas vezes, esses termos estão relacionados à prática da suplementação nutricional, uma vez que, para exercer função terapêutica, as quantidades de ingestão destes nutrientes devem ser superiores as veiculadas por alimentos em uma dieta equilibrada. Arícia ressalta que além da alimentação, há outros fatores que afetam a resposta imunológica. “A idade, estilo de vida (ausência de tabagismo e etilismo), componentes ambientais, anatômicos e genéticos”, afirma. 

A Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) explica que “para que as diversas células do sistema imunológico funcionem de maneira adequada, é necessário que nutrientes apropriados (como glicose, aminoácidos e ácidos graxos) sejam ingeridos na quantidade e qualidade corretas pelo indivíduo”.

Portanto, uma má alimentação pode gerar uma resposta inflamatória do corpo, com frequente dano tecidual. A Sociedade ainda afirma que “a desnutrição e o alto consumo de gorduras – podem provocar alterações da função imunológica e danos graves aos pacientes”.

O aumento da obesidade foi um dos fatores que provocou o surgimento de um conceito que unifica ainda mais essas duas áreas: o imunometabolismo. A ideia é que por meiode estudos específicos dessa relação, seja possível desenvolver terapias mais eficientes de combate aos problemas inflamatórios citados.

 

Alimentos para priorizar ou evitar

É importante evitar o consumo excessivo de carboidratos reefinados e gorduras. Esse tipo de alimentação pode provocar um aumento de tecido adiposo e acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática). A consequência? Alterações nas células imunes que favorecem o desenvolvimento de doenças como resistência insulínica e disfunção hepática.  

Por outro lado, ingerir alimentos ricos em nutrientes e vitaminas (como frutas e verduras) é essencial para manter uma boa imunidade. É por isso que nutricionistas não recomendam o consumo frequente de produtos industrializados. Além dos conservantes e espessantes, a maioria deles não possui uma quantidade adequada de nutrientes para manter o organismo funcionando de maneira saudável.

Micronutrientes como zinco, magnésio e cobre são cofatores de enzimas envolvidas na resposta imune e maturidade das células de defesa. Portanto, alimentos como uva, banana, ovo, espinafre, amêndoas, nozes e castanha-do-pará são bem-vindos.

A chegada do novo coronavírus no Brasil fez com que muitas pessoas comprassem vitamina C para aumentar a imunidade, ao ponto de esgotar produtos relacionados nas farmácias. A vice-presidente da ASBRAN, Daniela Cierro Ros, afirmou na página oficial da Associação que, realmente, “A vitamina C, ácido ascórbico, é fundamental para a imunidade e participa ainda de inúmeras ações fisiológicas e antioxidantes”. Mas ela alertou que o consumo deve ser feito com responsabilidade, pois excesso também pode causar danos no organismo.

Lembrando que a ingestão não precisa ser feita por meio de suplementos. “A vitamina C não é produzida pelo nosso organismo, por isso a orientação é consumir diariamente alimentos que a contêm, a exemplo da laranja, limão, acerola, goiaba, caju, kiwi, morango, melancia, salsinha e pimentão vermelho”, enfatizou.  

 

A alimentação pode prevenir ou curar o coronavírus?

Não. Como falamos no início da matéria, não existe comprovação de que há algum alimento que possa prevenir ou curar o novo coronavírus. No entanto, a própria OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda em seu site oficial que indivíduos na quarentena tenham uma alimentação balanceada. “Mantenha um estilo de vida saudável, incluindo dieta adequada, sono, exercício e contato social (…)”, diz o material da OMS “Lidando com o estresse durante o 2019-nCoV”. Essa atitude ajuda na manutenção da saúde física e mental, para que o indivíduo esteja menos exposto às consequências da doença.

A própria ASBRAN fez um alerta sobre o tema em sua página oficial. “A COVID-19 tem levantado muitas discussões sobre como a nutrição pode contribuir na batalha contra a doença. Uma coisa é certa: NÃO EXISTEM RECEITAS MILAGROSAS e não existem ainda remédios para a cura. O que precisamos é reforçar a higienização, limitar o contato social e melhorar nosso sistema imunológico”, afirmou a Associação.

 

Como tem sido o trabalho da Nutrição contra o COVID-19?

Em documento oficial, denominado Protocolo de manejo clínico para o novo coronavírus, o Ministério da Saúde orienta que, para reduzir a incidência de úlceras por estresse e sangramento gastrointestinal, o nutricionista hospitalar deve “ofertar nutrição enteral precoce (entre 24-48 horas da admissão)”. Também é necessário “administrar bloqueadores dos receptores de histamina-2 ou inibidores de bomba de prótons em pacientes com fatores para sangramento gastrointestinal (coagulopatias, hepatopatias, outros)”.  

A importância de manter uma alimentação saudável e equilibrada, pode favorecer a imunidade e auxiliar nas respostas metabólicas. A nutricionista Arícia recomenda aos que estão em casa que tenham uma dieta equilibrada, com aumento no consumo de frutas, legumes, verduras e cerais integrais. “É importante realizar ajustes dietéticos com inclusão de alimentos fontes das vitaminas C, E, D e complexo B. Do outro lado, indico reduzir o consumo dos refrigerantes, doces, biscoitos, sorvetes e fast food: são fontes de gorduras, açúcares simples, conservantes e demais produtos químicos nocivos à saúde”, conclui.

Além disso, é importante buscar criar uma rotina em casa: distrair com leituras, filmes, estudos, atividade física, conversas com amigos e familiares via redes sociais e, sempre que possível, se expor ao sol (nas varandas ou terraços), para ativação da vitamina D.

 

fonte: https://www.iespe.com.br/blog/dia-da-saude-e-nutricao/

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