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25/10/2021 NOVIDADES

Academias: Fortes aliadas contra efeitos do isolamento

O ser humano é uma espécie sociável que tem por hábito viajar, reunir a família, encontrar com os amigos, trabalhar em equipe, andar pelas ruas do bairro e promover festividades. Mas, nos últimos 18 meses, a pandemia impôs uma nova condição: o isolamento.

Segundo dados publicados na revista científica The Lancet, do Reino Unido, cerca de

2,9 bilhões de pessoas, mais de um terço da população mundial, têm a sensação de que envelheceu uma década. Cansaço contínuo, desânimo, ombros e pescoço rígidos, articulações doloridas, ganho de peso, impaciência e solidão são alguns dos muitos sintomas do confinamento.

Além do isolamento social, o pouco gasto calórico por falta de movimentos para o funcionamento diário (desde se vestir até descer escadas) é um dos principais fatores de agravamento do estado de saúde das pessoas. Toda mudança física tem também consequências mentais, o que agrava ainda mais a situação da maioria.

Mesmo as pessoas que já eram ativas fisicamente e passaram a se exercitar em casa estão sentindo o peso do confinamento. Trocar a academia pela sala de estar não é tão fácil: as pessoas sentem falta do grupo que malha junto, do convívio social, do profissional que incentiva e dá as ordens de comando. Treinar em casa não substitui toda a experiência motivacional criada pelas academias para que as pessoas cumpram seus objetivos com a atividade física.

 

Treinar em casa não substitui toda a experiência motivacional criada pelas academias para que as pessoas cumpram seus objetivos com a atividade física.

 

Jovens, pessoas com deficiência e políticas esportivas

Uma série de três estudos publicados na revista científica The Lancet mostra que o sedentarismo e a falta da prática da atividade física são uma verdadeira ameaça para a saúde mundial.

Os dois primeiros estudos têm como base jovens de até 24 anos e pessoas com alguma deficiência. Os jovens devem estar atentos ao triplo benefício gerado pela atividade física: ter uma melhor saúde hoje, no futuro e na geração seguinte. No caso das pessoas com deficiências, elas enfrentam maior risco de sofrer problemas cardíacos, diabetes ou obesidade, por isso fazer atividade física é uma forma de se proteger.

Entre os resultados: 80% dos jovens não seguem a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de fazer uma hora de exercício físico por dia. Cerca de 40% dos estudantes nunca vão a pé para a escola e 25% passam mais de três horas por dia sentados depois de assistirem às aulas e fazerem a lição de casa.

No caso das pessoas portadoras de deficiência, os pesquisadores determinaram que suas chances de não seguir as recomendações sobre a atividade física diária são entre 16% e 62% maiores. É uma margem grande, que depende da renda nacional, do sexo e do nível e quantidade de deficiências de cada indivíduo.

O terceiro trabalho, sob responsabilidade da Universidade de Sydney, na Austrália, analisa as políticas esportivas que acompanharam a realização de grandes eventos esportivos nos últimos anos e o efeito que tiveram na rotina dos cidadãos do país onde elas ocorreram.

Esse estudo aponta que os grandes eventos esportivos (principalmente os Jogos Olímpicos, embora também sejam mencionados a Eurocopa e a Copa América de futebol realizadas este ano) não são usados pelos países organizadores para promover a prática esportiva por parte da população.

Com exceção dos Jogos de 2008 em Pequim (China) e os de Inverno de 1998 em Nagano (Japão), em nenhum país organizador a participação popular em atividades esportivas cresceu.

A The Lancet também menciona a pandemia como uma oportunidade perdida para o esporte. Apesar de ter se tornado uma atividade essencial em alguns países durante o confinamento, os governos não aproveitaram esse interesse crescente.

Um dos questionamentos do artigo é: “As primeiras campanhas governamentais durante a pandemia da Covid-19 motivavam o público a sair e fazer exercício. Por que então os governos não podem se comprometer a promover a atividade física como uma necessidade humana essencial, além e independentemente da Covid-19? ”

 

52% dos brasileiros engordaram na quarentena

A pesquisa on-line Diet & Health Under Covid-19, realizada com cerca de 22 milpessoas, com idades entre 16 e 74 anos,de 30 países, mostra que os brasileiroslideram o ranking entre as pessoasque mais acreditam ter engordado napandemia. Um outro fato revelado noestudo é que a falta de exercícios físicose a ansiedade contribuíram para ganhode peso.

A forma física do brasileiro mudou: 52% declararam ter aumentado de peso desde o início da disseminação da Covid-19 no país. Na média global, pouco menos de 1 em cada 3 entrevistados (31%) engordou durante o período. Logo atrás do Brasil, os países que mais lidaram com os quilos extras foram o Chile (51%) e a Turquia (42%). Em contrapartida, os asiáticos China (6%), Hong Kong (9%) e Malásia (19%) foram os que melhor conseguiram manter a forma.

Considerando todos os países, o aumento de peso médio foi de 6,1 kg. No Brasil, foram 6,5 kg quilos a mais. Com o aumento do sedentarismo no período, ações menos saudáveis, como o consumo de álcool, também aumentaram. No Brasil, 14% afirmaram estar bebendo mais.

 

FONTE: Setembro 2021 | Revista ACAD Brasil


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